Amante Revelado é o quarto livro da série Irmandade da Adaga Negra, que você pode conhecer melhor clicando aqui. Originalmente lançado em março de 2007 o livro está na sua segunda edição no Brasil, o que não quer dizer bastante para um livro que faz parte de uma série tão grande e que só chegou ao Brasil em 2011.
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Não sei se eu já cheguei a falar, mas eu amo séries com muitos volumes, e no TOP #1 vem a irmandade. Então vamos para resenha e não se esqueça que ela pode ter um poquinho de spoiler dos 3 primeiros livros, ok?
Nas sombras da noite de Caldwell, Nova York, desenrola-se uma furiosa guerra entre vampiros e seus carrascos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por guerreiros vampiros defensores de sua raça. Mas, agora, um aliado da Irmandade está prestes a realizar seus desejos mais secretos…
Butch O’Neal é um lutador por natureza. Ex-policial da divisão de homicídios, durão, ele é o único humano que já foi admitido no círculo da Irmandade da Adaga Negra. e deseja mergulhar ainda mais fundo no mundo dos vampiros e na guerra contra os redutores. Ele não tem nada a perder. Seu coração pertence a uma vampira, uma beldade aristocrática inatingível para pele. Se não pode ter Marissa, então, pelo menos, quer lutar lado a lado com os Irmãos.
O destino o amaldiçoa realizando precisamente o seu desejo. Quando Butch se sacrifica para salvar um vampiro dos assassinos, cai vítima da força mais sinistra dessa guerra. Deixado para morrer, é encontrado por um milagre, e a Irmandade recorre a Marissa para trazê-lo de volta. Mas mesmo o seu amor pode não ser suficiente para salvá-lo…
Butch é o irmão mais carismático depois do Rhage, um irlandês de fala macia e vocabulário de caminhoneiro. Quando ele apareceu em Amante Sombrio eu não fui muito com a cara dele, afinal o Wrath é meu irmão preferido e naquela época os dois disputaram a atenção de Beth. Porém nos outros livros, até chegar no seu próprio, Butch vai ganhando relevância e sua amizade com Vishius é muito divertida.
Em Amante Revelado, Butch tem um problema, ele sente um vazio dentro do peito que precisa ser preenchido. Mesmo que viva com os irmãos e faça sim parte do grupo, ele sente que está mais para um bichinho de estimação do que um irmão. Nem seu bromance com V faz com que esse vazio se aquiete. Ter sido rejeitado por Marissa também não ajudou, em resumo: tudo o que Butch quer, ele não pode ter.
“No princípio, as novidades serviram para mascarar a realidade, mas, nos últimos tempos, vinha notando que, apesar das diferenças, estava exatamente onde sempre estivera: nem um pouco mais vivo do que quando apodrecia em sua antiga vida. Ainda olhava as coisas acontecendo de fora, sem participar.”
E é em uma das noites, que essa incerteza bate, que ele decide caçar uns redutores, mas as coisas se complicam. Em meio a uma luta Butch acha um vampiro civil e para salvar o homem acaba se tornando vulnerável e sem nenhum dos irmãos por perto, as coisas se complicam e feio.
Quando V descobre onde o amigo está, não sabe bem como proceder (ele fez algo contra as regras do mundo vampiro/humano e vai ter de confessar isso para conseguir chegar no amigo). Butch está quebrado além do conserto, mas seus machucados sangrando são o menor dos problemas, aparentemente os redutores acharam que era uma boa criar algum experimento maligno com o tira. A Irmandade decide então levá-lo até o hospital de Raven, irmão de Marissa, para tentar fazer alguma coisa, e quando a moça descobre que ele está lá ignora todos os avisos de perigo e acaba presa em quarentena com ele.
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Butch acorda depois de alguns dias pensando em Marissa, achando que sonhou com ela tratando dele. Quando ele a vê na mesma sala que ele, mal pode acreditar, porém quando uma das enfermeiras entra com um traje anti-contaminação, ele reage mal e quase põe tudo a perder com a vampira.
O que eu mais gosto no relacionamento deles é a conexão em “canais diferentes”, de um lado Marissa acha que não tem chances com o Butch (ela era prometida do Wrath e ele nunca a quis, isso faz com que a moça tenha um complexo de inferioridade incrível, sempre achando que não está a altura de ninguém) e por outro lado, ele acha que levou uma vida muito suja e auto-destrutiva para ficar com a angelical e intocada Marissa. Sem contar o fator genético que os separa por um milhão de anos, afinal ele é um humano de meia idade que tem mais uns 30 anos pela frente (na melhor das hipóteses) e ela é uma vampira jovem com muitas centenas de anos ainda.
O mundo vampírico da J. R. Ward é assim, há os vampiros (criados pela Virgem Escriba), redutores(humanos destituídos de suas almas que servem ao Omega, que é irmão da VE e ficou com inveja pela irmã ter o dom da criação) e os humanos. Ninguém é imortal, redutores morrem quando atingidos no peito pelas adagas da Irmandade, Vampiros envelhecem, morrem (por isso ou por acidentes fatais). Essa mistura de fatores faz com que o universo que ela criou seja o mais real possível, é como se no nosso mundo existissem duas raças mais “evoluídas” e que a gente não soubesse mesmo cruzando com eles todos os dias.
Voltando ao Butch, além de colocar seu relacionamento nos eixos, ele precisa entender o que os redutores fizeram com ele, já que agora ele parece ter uma conexão direta com eles. Essa conexão, na verdade é uma premonição do código dos redutores se cumprindo. Pena que eu não posso falar mais sem dar um grande spoiler (alguém não leu esse livro ainda?), e já aproveito esse porém para dizer que odeio muito as partes do livro que se tratam dos redutores, pulei muitas em toda a saga haha
Quando V conseguir “descobrir” qual é o destino do amigo, ele vai precisar fazer um procedimento super arriscado para mudar algumas coisas da mãe natureza. E é claro que o Butch embarca nessa, tudo para fazer parte real do clubinho. A Marissa e a gente (pelo menos eu) ficamos muito apreensivas e com vontade de bater a cabeça do policial na parede, mas a cena onde essa mudança acontece é uma das mais legais e bem escritas do livro. E dá sentido ao nome do livro.
Sou bem suspeita para avaliar, mas em geral os livros da saga são muito bons (espero resenhar todos muito em breve), as capas são bem bregas eu sei, mas não é culpa da Editora Universo dos Livros, elas originalmente são bem piores, mas você precisa vencer essa barreira e conhecer essa saga maravilhosa(demorei um ano para ler por causa dela, então acredite em mim). A tradução é um fator polêmico, em geral os livros da J. R. Ward são adultos, com palavrões, expressões pesadas e cenas bem descritas, porém nos primeiros livros da série a Universo pegou bem leve, então não leve a mal um vampiro de 300 anos, forte e viril falar “palavrão” de filme dublado dos anos 90. Felizmente a editora vem mudando isso e deixando a coisa mais fiel. Bom é para aquelas pessoas que não querem lidar com palavrões de verdade.
Essa questão não compromete em nada na leitura, que se você ainda não fez, deve começar agora e nem mesmo questione se deve ou não vir falar comigo sobre alguma cena ou personagem. Vamos surtar juntos, ok?
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