Junho é um dos nossos meses preferidos do ano, é quando chega o inverno, as festas juninas e o mês do Orgulho LGBT+ (do inglês Pride Month). Esse ano, decidimos transformar esse mês tão simbólico em algo especial.
Inspirado em um dos nossos autores parceiros, o Henri e em vários dos nossos leitores, amigos e familiares. Vamos fazer um mês inteirinho para dar o máximo de visibilidade a literatura LGBT+ e aos autores que fazem desse gênero, um dos melhores gêneros para se ler na atualidade, sendo você do “vale” ou não.
Porém, antes começar literalmente a ode de títulos que retratam gays, lésbicas, transsexuais, bissexuais e etc, vamos contar um pouquinho para você de como o Pride Month surgiu.
Stonewall Inn: nasce o espírito do Pride Month
Toda a alegria e festa que vemos nas paradas gays do mundo inteiro hoje em dia, não começou com festa. O Pride Month teve início numa revolta que ocorreu em 1969 em um bar em Nova York.
Até 1961 a relação entre pessoas do mesmo sexo era crime em todos os estados americanos, porém, em 1962 o estado de Illinois viria a ser o primeiro estado do país a alterar seu código penal e descriminalizar a homossexualidade.
Os outros estados americanos só iriam acompanharam a mudança 10 anos depois; e isso não incluía Nova York, que só foi fazer a mesma coisa em 1980.
Nos anos 60 o bar Stonewall Inn era um dos bares gays mais conhecidos de Nova York, porém diferente dos outros, o Stone era frequentado por um público mais periférico e marginalizado, em sua maioria pessoas que foram expulsas de casa por serem gays, drag queens etc. Durante um tempo a polícia, que fazia uma repressão severa na época, fez vista grossa no estabelecimento pois seus donos, envolvidos com a máfia, pagavam propinas aos policiais.
O local não tinha licença para vender bebidas alcóolicas e não respeitava as regulamentações, como por exemplo, ter saídas de emergência.
Na madrugada do dia 28 de junho de 1969 a polícia decidiu fazer uma batida no bar com a alegação de venda ilegal de bebidas. A força, que contava com 9 policiais, levou em custódia funcionários, agrediram frequentadores e também prenderam todos aqueles que não estavam usando ao menos 3 peças de roupas “adequadas” ao seu gênero.
Aqueles que não haviam sido presos começaram a jogar moedas nos policiais e a coisa logo evoluiu para garrafas e pedras, obrigando a força policial a se abrigar dentro do bar. Encurralados, os policias tentavam conter a multidão com jatos de água, mas nada adiantou.
O último policial só conseguir sair do Stonewall Inn pela manhã, mas era tarde demais para se esconder.
A comunidade gay de Nova York decidiu então protestar nos arredores do Stonewall. Foram seis dias de protesto, que principalmente mostrava que aquelas pessoas se orgulhavam de quem eram. O jornal Village Voice escreveu:
Mãos dadas, beijos e poses acentuavam cada um dos aplausos com uma libertação homossexual que havia aparecido apenas fugazmente na rua antes.
A partir desse dia então, começava nos Estados Unidos as primeiras organizações pelos direitos LGBT+, como a Gay Liberation Front.
As três frentes do orgulho gay
- Todas as pessoas devem ter orgulho da sua orientação sexual e identidade de gênero;
- A diversidade é uma dádiva;
- Orientação sexual e a identidade de gênero são inerentes ao indivíduo e não podem ser intencionalmente alteradas.
O que vai rolar na Pride Month do TRB
Para esse mês super especial selecionamos livros com a temática LGTB+, fizemos resenhas sobre livros que lemos com histórias nesse tema, entrevistamos autores que escrevem sobre o tema, criamos marcadores MUITO FOFOS para vocês baixarem e imprimirem em casa.
Tem muito conteúdo bacana, você vai conhecer um monde de história legal. E todos os conteúdos do Pride Month serão sinalizados com a coraçãozinho LGBT+.
Então é isso, fica com a gente e não esquece de comentar se vocês conheciam a história por trás do orgulho gay e se tem algum livro do gênero que vocês leram e que gostariam de indicar para gente.
Beijos e lembrem-se: Be Proud.