Todo mundo ama Tillie Cole, não é mesmo? Por aqui a autora ficou bem conhecida, por conta do livro Mil Beijos de Garotos. Particularmente, meu livro preferido da autora é A Veil of Vines, que ainda não tem lançamento previsto por aqui.
Como a série Sweet Home acabou de chegar no Brasil e se você não estava em outro planeta, deve ter visto a polêmica danada que esse lançamento gerou. Apesar da expectativa com o lançamento, a capa (fica até o final pra saber tudo sobre essa thread) e o título não agradaram muito as fãs da série.
Para quem não conhece Sweet Home é o primeiro de 5 livros, assim como J.R Ward faz em IAN, todos os livros da série tem sweet no nome. E são:
Sweet Home #1: Sweet Home
Sweet Home #1.5: Sweet Rome
Sweet Home #2: Sweet Fall
Sweet Home #3: Sweet Hope
Sweet Home #4: Sweet Soul
E como vocês podem notar, alguns títulos são bem idiomáticos e alguns dos fãs mais fervorosos da série tem medo de a tradução do nome dos livros perder esse aspecto do Doce… Alguma coisa.
Preciosismo? Talvez, mas quando chegarmos a questão da capa pode ser que você entenda todo esse medo. Mas vamos ao que interessa não é mesmo? A resenha.
Doce Lar, ou Sweet Home, conta a história de Romeo Prince e Molly Shakespeare, dois universitários sem nada em comum, mas que não conseguem viver um sem o outro.
Li essa série com muita má vontade, porque quem me conhece sabe que Romeu e Julieta é uma das coisas que eu mais detesto na vida, o que me levou a ler os livros foi justamente as capa. Que usa uma coisa que eu amo, bokeh. Mas voltemos ao livro da Tillie.
Molly é uma estudante de filosofia vinda da Inglaterra para fazer mestrado. Na mala dela, muito mais do que livros e roupas, a menina teve uma vida difícil e aparentemente vive numa maré de azar constante. Mas sua vida na Universidade do Alabama tem tudo para ser completamente diferente da cinza Oxford.
Junto com suas amigas Lexi e Cass, que estão empenhados em fazer a experiência da intercambista memorável, pouca coisa pode dar errado.
Mas como todo Young Adults, o clichê precisa começar de algum jeito, e fique bem confortável por que se tem uma coisa que a série Sweet Home é, é clichê. Sem julgamentos aqui, Deus sabe que eu curto uma história clichê, porém uma coisa que me incomoda muito geralmente nessas séries é que elas são todas aquele climinha de American Pie, com um personagem principal fodão que é amado por todos, menos alguém (uma ex namorada, um colega de time, um professor, etc) e uma mocinha que é “forte” em todos os aspectos, mas vai precisar ser salva pelo mocinho várias vezes porque a pessoa que detesta o mocinho vai tentar separar o casal, o passado deles vai tentar separar o casal, os pais deles vão tentar separar o casal. É sempre o mesmo lenga-lenga, tanto que eu chamo YA de livros que eu amo odiar.
Divagações a parte, Molly e Rome se conhecem por acaso no meio do corredor da faculdade, no meio de uma manhã particularmente ruim para ela. E logo o quarterback está encantado com essa menina que é bem diferente das outras, pra começo de conversa, ela não liga para o que ele representa no campus, é como se a fama e status dele não a atingisse. E os ideais de Molly, mexem com tudo o que Rome acredita.
Clichê, eu disse.
Porém os diálogos do livro são bem divertidos e os personagens bem irreverentes. Um tanto quanto esteriotipados, mas de um jeito bom. Um estranha combinação, que não era para dar certo, mas dá e faz você ficar grudadinha em cada página.
Sweet Home parece ter como ponto de tensão a líder de fraternidade Shelby e o ódio dela por Molly, mas vai muito além disso, assim como a história original de Romeu e Julieta, a família de Rome não são os maiores fãs de Molly e não conseguem enxergar a menina no futuro promissor do filho.
O que é bastante engraçado, já que o único “defeito” da menina é ser pobre, já que ela é centrada na sua vida, aos 20 anos já está fazendo mestrado, não é fútil. Sorte nossa de que como adolescentes, eles não escutam nada que os pais dele falam e conseguem driblas as artimanhas deles.
E os pais de Rome tentam bem difícil separar o casal. Com pais como esse, ninguém precisa de inimigos, são jogos mentais, ataques físicos, aquela loucura de vilão que a gente ama.
Aos trancos e barrancos e com uma evolução de relacionamento que se move na velocidade da luz, vemos Molly e Romeo se tornar uma família e deixar a vida pós-adolescência para a vida adulta tão rápido que sim, precisamos de mais livros para saber o que acontece.
Mesmo se tratando ne YA, que não é meu gênero literário preferido, a série é bem emocionante e eu não vejo a hora de ler ela todinha em português e ter minha coleção de livros físicos. O livro mistura novas descobertas, o amor pelo futebol americano (amém a todas as escritoras de romance esportivo) e muito amor doce se eu posso ser livre para fazer esse trocadilho horrível rs.
A polêmica capa brasileira de Sweet Home #1: Doce Lar
Como eu falei no começo dessa resenha a capa da edição brasileira, do selo Essência da editora Planeta, deu o que falar. Normalmente, as capas brasileiras conseguem desbancar as americanas, pelo menos na minha opinião, mas não foi o caso dessa vez.
O choque foi grande para todo mundo que já conhecia a série. Mas os equívocos da capa brasileira vão além. As capas de livros normalmente são mudadas para se adequar a cultura do país e também atingir o público alvo.
Algumas vezes mudanças de capas são empregadas para diferenciar edições, como as capas dos volumes de colecionador de Harry Potter, ou para alinhamento de comunicação, como quando após o lançamento de uma adaptação cinematográfica o livro muda a capa para o poster do filme. Eu, assim como a maioria dos leitores entende isso.
O posicionamento da editora é de que a capa foi aprovada pela autora (o que não quer dizer muito, já que fatores culturais, de identificação e marketing pesam muito mais) e de que contam as cores, elementos e fontes esportivas, o que tem tudo haver com o livro.
Pessoalmente, a capa não me agradou justamente por isso. A primeira vez que vi, no skoob achei que se tratasse de uma capa provisória. Depois que tive oportunidade de ver em tamanho maior me incomodei muito com o fundo chapado e o excesso de elementos. Os arabescos e o vetor de torcida, simplesmente não funcionam juntos.
Embora a fonte escolhida ser esportiva, ela me lembra muito mais o basquete do que o Futebol Americano e só depois de muito tempo olhando para essa capa eu pude entender que a referência são os cartões colecionáveis, que se não me engano são mais famosos no beisebol.
A capa original usa os elementos do esporte de forma mais óbvia e para salientar o romance da história, com as mãos dadas e o fundo de cores quentes e românticas. Já a edição francesa de Sweet Home, decidiu investir em algo mais apelativo e mostra o casal na capa. Todas as duas deixam claro na primeira vista que se trata de uma história de romance.Embora a capa brasileira não seja horrorosa, ela agrega muito pouco a história. Um leitor numa livraria, que não conheça nem a história e nem a Tillie Cole, provavelmente irá ignorar o livro no meio de outros com capas muito mais sugestivas e explicitas.
Lançamento Adiado
Cabe agora a editora fazer uma comunicação muito forte para o livro, para não ver as vendas não alcançarem o que esperam. E lógico, torcer para não ocorrer o boicote as vendas, como ocorreu com a Arqueiro e os livros da Mia Sheridan, lembram?
A editora decidiu ouvir as fãs e adiar o lançamento do livro, a decisão foi divulgado no Clube do Livro da Essencia em São Paulo no dia 06/03/2018. Além de novidades sobre os lançamentos (vem mais Vi Keeland por aí ebaaaa), eles se pronunciaram que estão renegociando para que a capa seja alterada como os fãs pediram.
o lançamento de ‘Doce lar’, primeiro livro da série Sweet, foi adiado, pois nós ouvimos o apelo das nossas leitoras em relação à capa. Estamos agora em um novo processo de negociação e preparação do livro, portanto ainda não temos uma nova data de lançamento.
Vamos aguardar ansiosas por essa mudança e quando sair a capa definitiva, eu venho aqui mostrar para vocês.
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Se você já leu Sweet Home, conta pra mim o que mais gostou na série. E se não leu ainda, você leria esse livro? Compraria mesmo com essa capa? Não esqueça de deixar o seu “like” clicando no coraçãozinho no fim do post. Até mais seguiamores.
Normalmente eu devoro livros de romance e amo um bom cliche, mas nesse em especial eu emperrei.. li com muito custo até a página 199 e sinceramente não estou com a mínima curiosidade de saber o resto da história. A narrativa é ok, mas alguns diálogos acho forçados (detesto as amigas se chamando de “amore”), acho q ela perde muito tempo descrevendo dramas bobos e inuteis para a história quando claramente poderia se empenhar mais em desenvolver assuntos mais sérios.. não suporto o Rome, ele é desmedidamente autoritário e acho um absurdo isso dele exigir que ela o obedeça 100% das vezes.. e mais absurdo ainda a Molly aceitar isso como se fosse normal e justificado! eles não estão em um relacionamento saudável e não parece que as coisas vão mudar até o final do livro.. estou bem decepcionada