When Gracie met the Grump é o novo livro da Mariana Zapata, lançado em setembro de 2022 nos EUA. Contudo, o livro é uma nova experiência para seus leitores, pois é seu primeiro título que mistura sci-fi, ação e slow burn.
A trama retratado já é bem conhecido de outros livros como A Muralha de Winnipeg e Eu e Espere por mim:
GrumpyxSunshine
Quando a mocinha é fofa e solícita e o mocinho um rabugento que não gosta de nada.
Um Resumo sobre When Gracie met the Grump
Gracie Castro está acostumada a estar sozinha com seus segredos. E a pior coisa que poderia acontecer com ela, agora que ela está pronta para se mudar, é ter um superser seminu caído em seu quintal.
Além do mais o super-herói em questão é extremamente mal humorado e rabugento.
E tudo que ela quer fazer é cair fora, mas é legal demais para deixar o homem ferido para trás.
E quando toda a sua vida e seus planos vão pelos ares literalmente, a única coisa que a mantem longe de quebrar e enlouquecer é o homem rude que parece não gostar dela as vezes (ou o tempo todo).
Os Personagens
Gracie Castro: Mais uma estrelinha brilhante cheia de traumas e com problemas de segurança. Embora, possamos dizer, que o caso é um pouco justificado. É o tipo de personagem que você vai querer sacudir de vez em quando. Ainda assim, ela não é uma mocinha ruim para esse romance.
Alexander Akita: Quando você lê na sinopse “rabugento e rude”, você não espera que seja tanto! Enquanto Defensor, Alex é o ser mais insuportável da face da terra, não há descrição de beleza que apazigue esse fato. Em resumo, a rabugice dele é usada como arco de redenção do personagem para depois você ficar caidinha pelo herói.
Cartel: Em primeiro lugar, você pode trocar essa ameaça por qualquer outra. O Cartel era para ter um grande peso na história, mas não passou de uma muleta no enredo. Fraco! Capenga! Manco! Entendi, que esse arco narrativo era só para prender a princesa no castelo, mas não me agradou as pontas soltas.
Asami: Mariana tem um talento nato para escrever crianças, e a pequena loirinha, embora apareça só duas ou três vezes na história conquistou meu coração.
Vovó: Contudo, Mariana sempre faz os idosos mais “foda-se o mundo”. Assim como a avó do Dallas, a vó de Alex é uma velhinha futriqueira, sem papas na língua e pior, com superpoderes.
Trindade: A premissa dos seres superdotados que se revesam para salvar o mundo é legal, mas parece que de propósito a autora não trabalhou neles o suficiente. Embora eu tenha gostado de tudo que ela ofereceu sobre isso.
A Escrita/História/Construção de Mundo
Daria uma nota 6 para escrita, ainda que impecável parece arrastada em algumas partes e acelerada em outras, principalmente quando a Gracie, está cheia de dúvidas e consequentemente nós também, já que ela narra o livro.
A história ganha um sólido 8, já que eu sou fã demais para ser imparcial. A dinâmica é boa, o relacionamento dos personagens tem uma boa evolução, o enclausuramento necessário para a história, deixa o mundo menos aberto, então sua construção não precisa ser tão elaborada. Mas há muito background na história para explicar o encontro dos personagens e isso foi deixado de lado mesmo depois do ápice e conclusão da história.
Outra coisa é, Mariana tem um histórico sólido de personagens miscigenados. Bem como mocinhas de ascendência latina, e com Gracie não é diferente.
O problema começa com o Defensor. Primeiro que o nome humano Alexander é bem merda para um super-herói. Segundo, Gracie o descreve como o homem mais lindo do mundo, fortão, mandíbula delineada, cabelos pretos, pele dourada e você inevitavelmente pensa em, sei lá, o Henry Cavill.
Contudo na metade do livro você descobre que o sobrenome dele é Akita e então começa a se questionar se o mocinho é fisicamente um garoto americano ou um galã oriental. Apesar dela nunca descrever traços clássicos de esteriótipos asiáticos, terminei o livro com um mocinho completamente diferente na cabeça.
Minha Opinião sobre o livro
Eu espero que seja uma série, pelo tanto de pontas soltas que sobrou depois das 600 páginas. O burn demorou uma eternidade para acontecer, me deixando apreensiva e questionando se rolaria nas últimas páginas. Se o romance desse livro fosse um gif, ele seria esse:
Isso porque, o livro é narrado pela Gracie e ela está com a cabeça enterrada tão profundamente na areia, que várias vezes se recusa a ver o óbvio. Sobretudo, eu queria que o livro fosse escrito com revezamento de plot entre a Gracie e o Alex, isso enriqueceria vários pontos do enredo de When Gracie met the Grump. Embora longa, o background da história, a razão do porque as coisas aconteceram como aconteceram nunca é explicado.
Em primeiro lugar, a gente não sabe com toda certeza a motivação do Cartel em perseguir Gracie. É dinheiro? É um segredo de família guardado pelos seus avós super protetores?
Depois tem a forma como a vovó do Alex decide dar um empurrão no destino, com os dois pés nas costas, literalmente. Embora a dinâmica da família Akita explique suas motivações e a falta de retalhação, ficou faltando interações sobre isso. Alex só encontra com sua vó UMA VEZ em todo livro.
As revelações, os relacionamentos, os personagens secundários e até os próprios sentimentos da Gracie precisavam ser melhores trabalhados. When Gracie met the Grump não é uma história superficial, mas também não é lá cheia de profundidade.
Se você quer ler esse livro, ele está disponível no Kindle Unlimited em inglês. Aqui no blog, você consegue conhecer toda a ordem de leitura da Mariana Zapata.
One thought on “When Gracie Met The Grump » Mariana Zapata”